sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ADVOGADO E MP dão nomes para prisão no Caso Fernanda

POLÍCIA, PORÉM, NÃO PRENDE e alega que precisa de mais detalhes que provem acusação


Depois da guerra declarada entre Ministério Público e Polícia Civil, por conta da demora em elucidar o 'Caso Fernanda Lages', os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha decidiram não falar mais à imprensa e apenas agir. Juntamente com o advogado Lucas Villa, eles entregaram ao delegado Paulo Nogueira, que comanda o inquérito um relatório com nomes de possíveis suspeitos e que devem ser presos preventivamente para ajudarem nas investigações.
Segundo Eliardo Cabral, já que estão apontando-o como se quisesse jogar para a plateia, prefere se preservar, pelo menos por um tempo, para depois voltar a falar do assunto. Nos últimos dias ele deu declarações que irritaram o delegado Paulo Nogueira. Os promotores chegaram até a pedir o afastamento do delegado da CICO do caso por ter sido filiado ao PMDB, que seria o partido de um dos suspeitos. Por conta disso um grupo de delegados foi à sede da CICO dar apoio a Paulo Nogueira e repudiar a atitude dos promotores.
A situação tornou-se insustentável e o promotor Ubiraci Rocha chamou de "crise das instituições". Ele estranha que o 'Caso Fernanda Lages' esteja indo para uma linha de investigação totalmente diferente da que acompanhou. "O que eu vejo é um enfraquecimento das instituições. A população não sabe em quem acreditar. Agora eu digo uma coisa: pode ter certeza que alguém, no que diz respeito a instituição, vai sair perdendo com isso tudo. E não vai ser o Ministério Público. Isso eu e Eliardo não vamos deixar", afimou o promotor Ubiraci.
Os promotores e o advogado da família de Fernanda Lages, Lucas Villa, então preparam uma relação com nomes para que a Polícia a frente do caso, a CICO, peça a prisão. Em entrevista ao programa 'Jornal do Piauí', da TV Cidade Verde, Lucas Vila disse que pediu a prisão de uma pessoa que tem sim a ver com o crime de Fernanda Lages, 19 anos, encontrada morta no último dia 25 de agosto dentro do prédio em obras do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, zona Leste da cidade. "Pedi a prisão de uma pessoa relacionada à execução de Fernanda Lages. Essa pessoa tem feito omissões penalmente relevantes. Mas, o meu pedido não foi atendido e a polícia disse que prefere colher mais provas contra esse suspeito. Prefere ter mais tempo para colher mais provas", ressaltou Lucas Villa.

Fonte: 180 Graus

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