ELIARDO CABRAL: 'Preferi não ver mais uma dissimulação'

PROMOTOR DIZ POR QUE NÃO FOI À RECONSTITUIÇÃO: Para ele, polícia ainda 'quer' suicídio

No último sábado (08/10), a perícia e a Comissão Investigadora do Crime Organizado (CICO), realizaram a segunda etapa da reconstituição da morte de Fernanda Lages, encontrada morta no dia 25 de agosto nas obras do MPF na avenida João XXIII, zona Leste de Teresina. Contudo os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, que acompanham as investigações da morte da jovem de 19 anos, convidados, não compareceram. Na noite deste domingo (09), o 180graus conversou com Eliardo Cabral ao final do culto onde é pastor e ele nos deu seus motivos para ausência.

“Não estava disposto a participar desta simulação, que pra mim na verdade foi uma dissimulação. Vi o que eles fizeram da primeira vez que estiveram na obra, todo aquele aparato montado, e não vi necessidade de participar deste segundo momento. Foi mais um momento para mostrar a deficiência do trabalho pericial aqui em nosso estado, cheio de falhas e ingerências”, disse.

Para o promotor, tudo está sendo feito pela polícia para tentar encobrir os verdadeiros autores do crime, que ele insiste em dizer que já tem os três nomes. “Tenho os três nomes, mas não adianta nada passar para a polícia porque eles não vão poder mesmo investigar. Não vão poder fazer nada”, disse o promotor.

 UNIÃO DOS DELEGADOS: 'GUERRA DA CIVIL DEVE SER CONTRA BANDIDOS'

Na última semana, os delegados da polícia civil se reuniram na CICO para dar apoio ao presidente do inquérito que apura a morte de Fernanda, Paulo Nogueira. Para a sociedade, a ação foi vista como uma verdadeira declaração de “guerra” contra o Ministério Público. Eliardo Cabral comentou o movimento dos policiais e disse que o momento é de fazer guerra contra os bandidos. “Polícia tem mesmo de entrar em guerra, mas é contra a os bandidos, os corruptos, os estupradores, e assassinos de mulheres. Acho que a atitude deles foi muito deselegante, desnecessária”, finalizou.

fonte: 180 Graus