Nas águas mansas do rio
Poti, a canoa desliza, alimentada pelo movimento dos remos, e diante
dos olhos são erguidas formações rochosas que parecem grandes
esculturas.
A viagem
é pela cidade de Castelo do Piauí. As formações rochosas vão mudando de
tonalidade e cores de acordo com a luz do sol e do reflexo das águas
que encontram nos paredões uma espécie de tela.
Os paredões e as rochas vão ser encontrados em toda a
extensão do Piauí, nos Parques Nacionais de Sete Cidades, em Piracuruca,
Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato e Coronel José Dias, nas
cachoeiras do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, no Parque Nacional Serra das Confusões.
Encantos litorâneos
Entre tantos paredões e águas de rios, o Piauí tem uma
pequena pérola, o seu litoral, de 66 quilômetros, o menor Brasil. É como
o diamante, é pequeno, mas valioso com praias como Barra Grande,
Macapá, Coqueiro e Pedra do Sal. Lagoas como a do Sobradinho e a do Portinho.
E, já na divisa com o Maranhão, o Delta do Parnaíba, uma rara
formação, na qual o rio se divide em cinco braços, formando um
triângulo, antes de alcançar o Oceano Atlântico.
Com mangues, lagoas, ilhas e dunas, o delta é a maior atração da
região e ponto de partida para a descoberta deste pequeno e ainda pouco
conhecido trecho de nosso litoral. Com vento constante, suas praias
atraem praticantes de esportes de vela, como o kitesurfe.
No interior, há outras atrações a serem exploradas. Algumas
pré-históricas. A Praia do Coqueiro, em Luís Correia, é uma atração à
parte. É ótima para o kitesurfe. Por isso, a Praia do Coqueiro sedia a
etapa brasileira do Campeonato Mundial de Kitesurfe.
Com bons bares e restaurantes, tem águas cristalinas, que durante
a maré baixa formam convidativas piscinas naturais entre os recifes. O
pôr do sol, que desce como uma bola vermelha, é um espetáculo à parte,
que também pode ser apreciado na Lagoa do Portinho. Cercada por dunas,
suas águas escuras fazem dela um palco ideal para um banho refrescante.
História viva
Perto do litoral do Piauí tem o Parque Nacional de Sete Cidades,
acerca de 200 quilômetros da capital, Teresina, rumo à costa. O parque
abriga curiosas formações rochosas, com idade calculada em 190 milhões
de anos, nas quais destacam-se inscrições rupestres que datam de
milhares de anos, em tons de amarelo, vermelho e preto.
O nome do parque surgiu dos diferentes grupos de rochas, que
parecem formar pequenas cidades. A ação do tempo nas pedras criou
figuras curiosas, que aguçam a imaginação do visitante com nomes como
Arco do Triunfo, Cabeça do Imperador, Tartaruga e Três Reis Magos, entre
outras.
Um dos mais preservados do Brasil, o parque também tem piscinas
naturais e cachoeiras, além de várias espécies de animais, como
suçuaranas, pacas, iguanas, tamanduás e diversos répteis. O animal mais
comum é o mocó, roedor que vive nas fendas e tocas nas rochas.
No outro extremo do Estado, o Parque Nacional Serra da Capivara,
onde estão pinturas rupestres e achados arqueológicos que levaram os
pesquisadores a considerarem que o homem estava na região há mais de 80
mil anos.
As pinturas rupestres têm um casal beijando, antas, tatus
gigantes e homens pré-históricos em cenas de lutas, de caça, de parto,
em atividades domésticas, em rituais, e aparentemente em atividades
lúdicas.
O Parque Nacional Serra da Capivara tem altos penhascos, onde se
pode observar a beleza na região, a rica flora da caatinga e onças,
veados, mocós, borboletas de várias espécies, sapos raros e pássaros de
todas as cores e cantos.
Fonte: MN
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