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Aparelho teria falhado, mas hospital nega |
Um bebê do sexo feminino faleceu no Hospital Infantil Lucídio Portela
nesta sexta-feira, dia 25, supostamente em decorrência de falhas em um
respirador da unidade de terapia intensiva (UTI). Maria Vitória de Sousa
Correia, que tinha apenas um mês e 15 dias, estava internada há pouco
mais de uma semana em função de uma infecção neonatal.
A morte da recém-nascida repercutiu nacionalmente, sendo noticiada no Jornal Hoje, da Rede Globo.
A médica Maria José Lima Matos, diretora-geral do Hospital Infantil,
afirma que a morte ocorreu por conta de complicações na patologia da
criança, e refuta a suspeita de que um problema no equipamento da UTI
tenha contribuído para o agravamento do quadro clínico da bebê.
"Respirador não mata ninguém. O que mata é a doença. Dentro da medicina a
gente faz o que pode, mas há casos em que não há como salvar", pondera
Maria José, que é especializada em pediatria e tem 36 anos de carreira
médica, dos quais 26 atuando no Hospital Lucídio Portela, onde assumiu a
direção-geral em agosto deste ano.
Atualmente o Hospital Infantil Lucídio Portela dispõe de apenas nove
leitos e seis respiradores, dos quais somente cinco funcionam. Maria
José Matos alega, contudo, que a Agência de Vigilância Sanitária
(Anvisa) recomenda a existência de um aparelho respirador para cada três
leitos.
Em abril deste ano, os médicos cirurgiões do hospital paralisaram o
setor ambulatorial em protesto justamente à inexistência de uma
estrutura satisfatória no Hospital Lucídio Portela.
Por conta da paralisação, o hospital passou seis meses sem realizar
cirurgias eletivas, as quais voltaram a ser feitas a partir de outubro.
Neste período a unidade de saúde efetuou apenas intervenções cirúrgicas
de urgência e emergência, culminando com um acúmulo de 1.600 crianças à
espera de operações.
O hospital também está passando por uma reforma na enfermaria, com a
finalidade de promover uma melhor distribuição dos leitos, que hoje
chegam a 32. A previsão é que a obra seja concluída em fevereiro de
2012.
De acordo com a diretora-geral Maria José Matos, o número de leitos
normais permanecerá o mesmo. Contudo, está prevista para ocorrer em
breve também uma reforma na UTI, que ganhará três novos leitos, passando
a 12.
Com informações de Cícero Portela
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