sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bebê morre no Hospital Lucídio Portela; direção nega falha em equipamento

Maria Vitória tinha pouco mais de um mês de vida e estava internada em função de uma infecção

Aparelho teria falhado, mas hospital nega
Um bebê do sexo feminino faleceu no Hospital Infantil Lucídio Portela nesta sexta-feira, dia 25, supostamente em decorrência de falhas em um respirador da unidade de terapia intensiva (UTI). Maria Vitória de Sousa Correia, que tinha apenas um mês e 15 dias, estava internada há pouco mais de uma semana em função de uma infecção neonatal.

A morte da recém-nascida repercutiu nacionalmente, sendo noticiada no Jornal Hoje, da Rede Globo.

A médica Maria José Lima Matos, diretora-geral do Hospital Infantil, afirma que a morte ocorreu por conta de complicações na patologia da criança, e refuta a suspeita de que um problema no equipamento da UTI tenha contribuído para o agravamento do quadro clínico da bebê. "Respirador não mata ninguém. O que mata é a doença. Dentro da medicina a gente faz o que pode, mas há casos em que não há como salvar", pondera Maria José, que é especializada em pediatria e tem 36 anos de carreira médica, dos quais 26 atuando no Hospital Lucídio Portela, onde assumiu a direção-geral em agosto deste ano.

Atualmente o Hospital Infantil Lucídio Portela dispõe de apenas nove leitos e seis respiradores, dos quais somente cinco funcionam. Maria José Matos alega, contudo, que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a existência de um aparelho respirador para cada três leitos.

Em abril deste ano, os médicos cirurgiões do hospital paralisaram o setor ambulatorial em protesto justamente à inexistência de uma estrutura satisfatória no Hospital Lucídio Portela.

Por conta da paralisação, o hospital passou seis meses sem realizar cirurgias eletivas, as quais voltaram a ser feitas a partir de outubro. Neste período a unidade de saúde efetuou apenas intervenções cirúrgicas de urgência e emergência, culminando com um acúmulo de 1.600 crianças à espera de operações.

O hospital também está passando por uma reforma na enfermaria, com a finalidade de promover uma melhor distribuição dos leitos, que hoje chegam a 32. A previsão é que a obra seja concluída em fevereiro de 2012.

De acordo com a diretora-geral Maria José Matos, o número de leitos normais permanecerá o mesmo. Contudo, está prevista para ocorrer em breve também uma reforma na UTI, que ganhará três novos leitos, passando a 12.

Com informações de Cícero Portela

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