A Associação Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual (Gglos LGBT) de
Picos solicitou ao Ministério Público Federal providências contra a
novela Fina Estampa. Segundo a entidade, a atração incita o preconceito,
discriminação e a violência contra os transexuais brasileiros.
A presidenta da Gglos, Jovanna Baby,
cita que a ofensa ocorreu em uma cena que foi veiculada no último dia
24, onde duas personagens discutem entre si por conta do marido de uma
delas. “Uma diz para a outra: ‘Você é como uma travesti: suja, vagabunda
e vive nas ruas’. Se ela tivesse usado o termo ‘algumas travestis’, até
poderia passar, mas da primeira forma, ela generalizou”, critica.
Baby
justifica a iniciativa dizendo que o folhetim contribui para piorar a
imagem desta parcela da população tão estigmatizada, que são os
transexuais. “A novela influencia a nação. No momento em que 256
travestis foram assassinados nos últimos dois anos, ela só está
contribuindo para que essa violência cresça”, avalia.
O
Ministério da Justiça já estaria de olho na novela e tentando
reclassificar a novela por conta do seu conteúdo e há uma movimentação
de grupos LGBTs em todo o país para que haja o ajuste. “Nós estamos
articulados. Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Ceará, Por todo o
Brasil estamos protocolando nas procuradorias da república. Não queremos
que a novela saia do ar, queremos que ela desenvolva uma campanha de
educação ou que prestem atenção e não façam mais estas cenas”, pontua.
Por Carlos Lustosa Filho
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