DESCASO CÍVICO: Prefeitura de Altos não realiza o desfile de 7 de Setembro mais uma vez

À beira de terminar o mandato, prefeito faz descaso do civismo

            A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes do Brasil, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e várias pessoas morreram na luta por este ideal. Todavia,  já foi o tempo em que o gestor público da cidade de Altos, 42Km ao Norte de Teresina esteve preocupado com o civismo do povo da cidade, que administra pela terceira vez. No seu segundo mandato, entre 2004 a 2008, ainda houve o tradicional desfile pelas principais avenidas da cidade.

            Para a realização do evento, a Prefeitura de Altos tem de desembolsar recursos financeiros. Conforme informações coletadas, o gestor informou que a prefeitura não dispõe de recursos, no momento, para arcar com as despesas requeridas para as apresentações cívicas. Porém, a prefeitura local tem alocado montantes elevados  em recursos para a realização de festas e “manhãs de lazer”.

            Na época em que o civismo tinha valor para a administração local, o 7 de setembro era coordenado pela Secretaria de Educação e Cultura do município. Ela levava às ruas estudantes de escolas da rede municipal e fazia convite extensivo às escolas privadas e do Estado. Todas as escolas trabalham temas alegóricos e atuais para levar à avenida até temáticas polêmicas como a violência, uso de drogas e pedido de paz.

À beira de terminar o segundo mandato, o atual prefeito faz descaso do civismo para a população altoense. Hoje este tipo de comemoração foi substituído pelas seguidas festas em praça pública e “manhãs de lazer”. Geralmente, os eventos são realizados em bairros da cidade e povoados da zona rural, como pontos estratégicos com vistas a promover a imagem de pessoas ligadas ao grupo da prefeitura, com vistas à eleição de 2012. As autoridades e a comunidade local esperam ainda poderem prestigiar um desfile cívico em Altos.

Por Kiko Fontenelle