quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PESQUISA: Piauí tem a menor renda 'per capita' do Brasil

O PIB (Produto Interno Bruto) do Piauí cresceu 6,2% em 2009 em relação a 2008, alcançando a soma de R$ 19 bilhões e R$ 31 milhões, contra R$ 16 bilhões e R$ 700 milhões do ano anterior. Foi o segundo crescimento do país - ficou atrás apenas de Rondônia, com crescimento de 7,3%) e o primeiro do Nordeste. Os dados foram divulgados na manhã de ontem pela Fundação Centro de Pesquisas Sociais e Econômicas e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo os dados da Fundação Cepro e IBGE, o PIB do Piauí ocupa hoje a 23ª posição entre as 27 unidades da Federação (leia mais na página 13). O PIB da economia brasileira teve em 2009 queda de 0,3% em relação ao ano de 2008 (5,2%), por conta da crise econômica iniciada em 2007. A crise financeira, aliás, atingiu sobretudo os estados ricos.

Os pobres - entre os quais se inclui o Piauí - foram menos afetados por conta das medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo, principalmente pela diminuição de impostos e estímulo ao consumo, com programas de distribuição de renda como o Bolsa Família.

A administração pública (28,68%), o comércio (16,11%) e as atividades imobiliárias e de aluguéis (8,83%) respondem pela maior participação do PIB do Piauí em 2009, segundo os dados do IBGE e Fundação Cepro.

A produção agropecuária, que respondeu pelo maior crescimento do PIB em 2008 (em relação a 2007), registrou uma retração de 2,7% em 2009, em relação ao ano anterior. Esse comportamento deveu-se sobretudo à queda na produção de soja em 2009, de 28%, mesmo a área plantada tenha aumentado 9,1% naquele ano, conforme explica o supervisor de Informações do IBGE, Pedro Soares.

O setor mais dinâmico da economia foi o Industrial (Indústria Extrativa, Indústria de Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Publica e Construção Civil), que representou 16,98% da economia estadual e cresceu a uma taxa de 12,9% em termos reais, impulsionado pelos resultados da indústria da transformação, que cresceu 22% em 2009, passando a representar 43% do setor industrial do Estado. O destaque da transformação foram os gêneros alimentícios, minerais não metálicos e couros.

Os setores de produção, distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana e construção civil também cresceram 6,2% e 6,7%, respectivamente. A construção civil sofreu forte influência dos programas habitacionais concluídos e em execução no Estado. A extrativa mineral em 2009 experimentou retração da atividade da ordem de 10%. O setor de serviços, por sua vez, cresceu 5,4%.

A atividade de comercio e serviços de manutenção e reparação cresceu no período 6,9%, destacando-se o comércio varejista de veículos e motocicletas, que cresceu no período 29%, seguido do comércio de produtos alimentícios, com crescimento de 13%.

Para o superintendente da Fundação Cepro, Raimundo Filho, os dados do PIB 2009 demonstram que o Piauí está crescendo. "O Piauí pode não ser o estado do futuro, mas, com certeza, é um estado de futuro, os números comprovam isso", declarou.

Fonte: Ascom

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