Estudantes planejam novas manifestações contra o aumento da passagem para os próximos dias
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Coronel Júlia conversa com manifestantes |
Os estudandes que participaram da manifestação contra o aumento da
passagem de ônibus na capital disseram que os policiais militares da
tropa de choque da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial)
chegaram a empurrar os demais PMs, que acompanhavam o movimento desde a
manhã desta terça-feira.
Após a confusão, alguns dos manifestantes relataram à coronel Júlia
Beatriz os supostos atos de arbitrariedade cometidos por alguns
policiais.
Deolindo Moura, presidente da LVJ (Legião das Vanguardas de Jovens),
afirmou que os policiais da Rone tiveram uma postura intolerante ao
atirar balas de borracha sem antes tentar qualquer conversa com os
estudantes. "Nós estávamos parando alguns carros na Avenida Frei
Serafim, que, por sinal, é um local público, quando os policiais da Rone
chegaram. Os outros policiais militares que nos acompanhavam tentaram
conversar com a tropa de choque, mas um deles (da Rone) disse que as
ordens eram para dispersar os manifestantes. Eles sequer esperaram nossa
reação, foram logo atirando a queima-roupa, a poucos metros de
distância", disse Deolindo. Ele e outros líderes do movimento
compareceram à Central de Flagrantes acompanhados pela coronel Júlia
Beatriz, que é coornenadora de Gerenciamento de Crise da Polícia
Militar.
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Deolindo Moura, presidente da Legião das Vanguardas de Jovens |
Após a situação ser controlada, a coronel conversou com alguns
policiais militares, pediu calma e assegurou aos estudantes que fará o
possível para que não ocorram novos confrontos violentos entre a polícia
e os manifestantes. "O diálogo é o melhor caminho. Vamos manter a
cabeça fria. No que depender da PM, tudo transcorrerá dentro da
normalidade. Claro que iremos reprimir os excessos, como a depredação e a
delinquência", ponderou a coronel, que disse ter sido informada sobre a
manifestação apenas depois que o confronto entre policiais e estudantes
já tinha ocorrido.
Deolindo e Alexandre Alves, que é presidente da UMES (União Municipal
dos Estudantes Secundaristas de Teresina), afirmaram que há também o
interesse da parte dos manifestantes em realizar protestos pacíficos,
sem vandalismo e evitando o embate com a polícia. Eles, contudo,
asseguram que o comportamento agressivo partiu de alguns policiais da
Rone, e não dos estudantes.
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Estudantes mostram bala de borracha disparada pela tropa de choque da PM-PI |
Deolindo afirma que a Prefeitura de Teresina e os empresários do
setor de transporte público optaram por instituir a tarifa de R$ 2,10
justamente no mês de janeiro por ser um período em que muitas pessoas
estão viajando e, consequentemente, as manifestações tendem a ser mais
modestas.
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