Estudo mostra avanços em renda e educação, mas atesta que famílias do Nordeste são as que mais sofrem.
O Piauí se manteve como o segundo estado com maior índice de
vulnerabilidade das famílias, segundo estudo divulgado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea - nesta terça-feira (17). No
entanto, o Estado também foi um dos que apresentou melhoria mais
significativa nas dimensões sociais e econômicas entre 2003 e 2009.
O estudo do Ipea leva em conta a
capacidade das famílias brasileiras em reagir às dificuldades nos
âmbitos social e econômico. São avaliados quesitos como a restrição ao
acesso a oportunidades de diversas formas, pela habitação inadequada ou
pela localização, a uma vaga no mercado de trabalho, à educação ou a
métodos de prevenção na saúde. Foram usados dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios - Pnad - do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
Levando
em conta os dados, o Piauí se manteve na segunda posição, mas com o
terceiro maior decréscimo do Nordeste - 15,9% - passou de 38,4% em 2003
para 32,3% em 2009. Só Bahia e Maranhão apresentaram desempenhos
superiores, sendo que esse último deixou a lanterna na tabela com o
estado de Alagoas, agora com índice de vulnerabilidade de 33,3%.
A média nacional reduziu de 26,5% em 2003 para 23,1% em 2009. Dos nove estados nordestinos, oito encabeçam a lista.
No
caso do Piauí, escassez de recursos e condições habitacionais são os
pontos onde o Piauí mais apresentou melhoria. Também são analisados
vulnerabilidade social, acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho e
desenvolvimento infantojuvenil.
Em resumo, o Ipea mostra que o
Nordeste apresenta os piores índices, mas também é o que conta com as
melhores evoluções para alterar tal quadro, ao contrário da região
Norte. “Em termos de evolução, a Região Norte foi a menos dinâmica em
relação às melhorias, talvez pelas distâncias que são grandes, o que
gera uma dificuldade de mobilidade e, com isso, há mais dificuldade do
gestor público operar”, disse Bernardo Furtado, coordenador do estudo.
Fonte: Cidade Verde
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