ERAM TODOS DA BAHIA e foram resgatados na Fazenda Ipê em condições desumanas.
Era neste local que eles 'viviam' na Fazenda no Sul do Piauí |
Segundo a Procuradoria do Trabalho da Bahia, 24 trabalhadores baianos
foram encontrados em condições típicas de escravidão na Fazenda Ipê,
localizada nos cerrados piauienses e que pertence ao produtor Adão
Ferreira Sobrinho. A empresa faz parte do grupo Insolo, um dos maiores
empreendimentos agrícolas do Brasil e o maior produtor de soja do
Piauí.
A maioria dos trabalhadores são do município de Formosa do Rio
Preto(BA). Eles foram ‘resgatados’ por uma força-tarefa formada por
policiais rodoviários federais, auditores do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e pelo procurador do Ministério Público do Trabalho(MPT),
Maurício Brito.
O procurador do MPT e os cinco auditores do MTE deixaram Brasília dia
31 de janeiro, acompanhados de cinco policiais rodoviários, para apurar
casos suspeitos de trabalho escravo no oeste baiano. Já na região,
tiveram a informação de que um fazendeiro baiano mantinha homens em
condição de trabalho escravo numa fazenda situada após a divisa com o
estado do Piauí. Ao chegar ao local, a equipe constatou que 24 pessoas
viviam em um alojamento sem as mínimas condições de higiene, se
alimentando de comida deteriorada e tendo ainda que pagar por
alojamento, transporte e ferramentas usadas para o trabalho.
O resgate dos trabalhadores, que representa o pagamento das verbas
rescisórias, emissão de guia de seguro desemprego especial e o retorno
deles para sua cidade de origem – neste caso todos residiam no município
de Formosa do Rio Preto, oeste do estado – foi feito imediatamente.
Vários documentos relacionados à contratação dos trabalhadores e à
prestação dos serviços foram apreendidos e tanto o proprietário da
fazenda quanto o dono de uma pequena empresa de construção assinaram
termos de ajuste de conduta para não mais se utilizar esse tipo de
relação de trabalho.
DENÚNCIAS
‘Chegamos até a Fazenda Ipê porque o proprietário já havia firmado outro TAC anteriormente e havia denúncias de que ele estaria descumprindo o compromisso firmado. O que encontramos lá foi um grupo de pessoas vivendo em um alojamento inabitável, fato reconhecido pelo proprietário da fazenda e responsável pela contratação do grupo’, relatou o procurador do trabalho Maurício Brito, que atua na procuradoria do MPT em Santo Antônio de Jesus e foi designado para integrar a operação. O dono da fazenda, Adão Ferreira Sobrinho, teve que indenizar os trabalhadores, com o pagamento dos direitos trabalhistas previstos em lei mais uma multa por danos morais que variou de R$1.250 a R$20 mil por cada trabalhador, dependendo do tempo de serviço e se era menor de idade, já que dois menores foram encontrados entre os trabalhadores. O fazendeiro também teve que arcar com indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil, revertidos para compra de veículos para a fiscalização rural do estado do Piauí.
‘Chegamos até a Fazenda Ipê porque o proprietário já havia firmado outro TAC anteriormente e havia denúncias de que ele estaria descumprindo o compromisso firmado. O que encontramos lá foi um grupo de pessoas vivendo em um alojamento inabitável, fato reconhecido pelo proprietário da fazenda e responsável pela contratação do grupo’, relatou o procurador do trabalho Maurício Brito, que atua na procuradoria do MPT em Santo Antônio de Jesus e foi designado para integrar a operação. O dono da fazenda, Adão Ferreira Sobrinho, teve que indenizar os trabalhadores, com o pagamento dos direitos trabalhistas previstos em lei mais uma multa por danos morais que variou de R$1.250 a R$20 mil por cada trabalhador, dependendo do tempo de serviço e se era menor de idade, já que dois menores foram encontrados entre os trabalhadores. O fazendeiro também teve que arcar com indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil, revertidos para compra de veículos para a fiscalização rural do estado do Piauí.
MULTAS
O outro TAC foi firmado com o pequeno empreiteiro João Pedro Pereira, contratado pelo dono da fazenda para a construção de um galpão. Ele também pagou a indenização trabalhista a seus empregados e se comprometeu a arcar com a indenização por danos morais coletivos de R$28 mil, divididos em oito parcelas mensais. ‘Nos TACs, os dois se comprometem a cumprir o que reza a lei do trabalho, mas estabelece multas para o caso de serem flagrados descumprindo. Assim acreditamos que os dois passarão a respeitar seus empregados de agora em diante’, avaliou Maurício Brito. As informações são da assessoria de comunicação da Procuradoria do Trabalho da 5ª Região.
O outro TAC foi firmado com o pequeno empreiteiro João Pedro Pereira, contratado pelo dono da fazenda para a construção de um galpão. Ele também pagou a indenização trabalhista a seus empregados e se comprometeu a arcar com a indenização por danos morais coletivos de R$28 mil, divididos em oito parcelas mensais. ‘Nos TACs, os dois se comprometem a cumprir o que reza a lei do trabalho, mas estabelece multas para o caso de serem flagrados descumprindo. Assim acreditamos que os dois passarão a respeitar seus empregados de agora em diante’, avaliou Maurício Brito. As informações são da assessoria de comunicação da Procuradoria do Trabalho da 5ª Região.
Fonte: 180 graus
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