Os
familiares do prefeito assassinado, ainda marcados pela violência, não
entendem por que os acusados do crime não vão a julgamento, embora
transcorrido tanto tempo.
Assassinado com cinco tiros na cabeça à
queima roupa, dentro de sua casa, na avenida Francisco Raulino, centro
da cidade de Altos, às 22h30min do dia 11 de abril de 1996, o prefeito
Cesar Augusto Leal Pinheiro, então com 46 anos de idade, fazia segredo
sobre o nome que escolheria para seu sucessor e provável futuro
prefeito da cidade. Este teria sido o verdadeiro motivo de sua morte,
executada por Francisco Barbosa, o “Pacajás”, e Raimundo Nonato, o
“Gordinho”, que agiram, segundo as investigações, sob encomenda de
Orlando Silva, que era vice-prefeito. Às vésperas de completar 16 anos
do crime os acusados nunca foram julgados.
Ex-Prefeito de Altos, Cesar Augusto Leal Pinheiro |
Depois de receber os cinco balaços,
Cesar Leal, um funcionário da Fundação Cepro que havia começado a
carreira política na sua cidade como vereador e chegara a prefeito
depois de construir uma grande liderança, morreu no colo da filha,
Patricia Leal, então com 22 anos.
Os familiares de Cesar Leal, ainda
marcados pela violência com que lhe tiraram a vida, não entendem por
que os acusados do crime não vão a julgamento, embora transcorrido
tanto tempo. Os assassinos foram identificados depois de muitos dias de
investigação assim como um acusado de ser o mandante, o então
vice-prefeito Orlando Silva.
Orlando Silva foi preso, mas chegou a
assumir a prefeitura. Na época os comentários eram de que ele estava
gastando muito dinheiro com advogados para se manter em liberdade. Até
hoje, segundo comentário feito ontem por um policial de Teresina que
acompanhou o caso, existe uma suspeita, embora não muito consistente,
de que haveria um outro mandante juntamente com Orlando, mas até hoje
não foi possível apontá-lo com segurança. “Existem apenas rumores”,
comentou.
Por: Feitosa Costa
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